3 de jun. de 2011

Está em mim.

Está em mim uma colina, sobre ela cercas brancas guardando meu jardim, o jardim que está mim. Plantei flores de mais, perdi espaço e por se encostarem por muito tempo começaram a morrer. Matei o meu jardim, o jardim que está mim.

Mas do que sobrou em mim ficou, um botão, uma rosa, talo pequeno, pétalas, desabrochou. No jardim que está em mim algo durou, se prolongou e lutou. Com as gostas pequenas que as nuvens choraram sobre mim, se alimentou, culminou.

O botão virou paixão e todo jardim morto a sua volta á adubou, secou, evaporou. Está em mim o meu jardim, dentro, florido por uma só rosa, assim. Sem espinhos de pés pequenos, sorriso largo, curto, aberto, comprido cabelos de minha rosa estão em mim, quando descanso a sombra do meu tempo e vejo que ainda há o no meu jardim, a vida que precisou ter fim.

Está em mim uma colina se regando no verão, secando no outono, se embranquecendo no inverno e brilhando sua bruma fértil na primavera, está em mim, minha paixão perdida assim, poesia colorida e inocente que brotou de um pedaço de carvão, meu jardim em coração, o meu amor em um botão.

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