Somos narcisistas e não sabemos, não queremos, mas afinal o que seriamos quando nos aceitássemos? Assim somos por não querer ser e nos completamos buscando nos completar, como a busca nunca chega, não deixamos de buscar, mas não é por isso que precisamos nos rotular. Rótulos são criados para satisfazer um sistema de padrão composto por tradições conservadoras e antiquadas; é assim que se mantém nossa “comunidade”, indo contra a origem da própria expressão que significa: Companheirismos, comum geral, compartilhado por muitos. E para se integras a forma com que esse comum se sistematiza ou padroniza é que nos rotulamos nas situações mais convenientes para que possamos ser vistos de uma maneira agradável ou para que possamos extinguir logo na primeira impressão, qualquer preconceito que possam começar a construir sobre nós. Talvez por não transparecer é não vemos a transparência quando estamos diante dela.
Nos vestimos como devemos nos vestir e quando devemos, da forma que devemos. Falamos como devemos falar e quando devemos, da forma que devemos e fazemos muitas outras coisas dessa maneira, mas o que intriga é, quando descobrimos que essa maneira era a devida?
- Como repito, somos condicionados a isso. Quando nascemos temos a primeira imagem de outras pessoas e as notamos todas vestidas, não processamos aquela informação nem assimilamos a situação com uma figura ou outra, mas o condicionamento mental começa neste momento. Depois somos criados e crescemos vendo que as pessoas estão sempre vestidas, logo, quando conseguimos processar e assimilar essa informação perceberemos que devemos sempre estar vestidos diante de outras pessoas, e de alguma maneira isso será uma regra relutante e involuntária, pois sentiríamos vergonha caso não estivéssemos vestidos e acharíamos estranho, pouco convencional, interessante ou excitante ver alguém despido. Este é só um exemplo superficial, claro, mas se aplicarmos essa condição a outras situação, devemos de perceber que essa regra relutante e
involuntária está presente em tudo que sabemos que deve ser, mas não sabemos porque é. As exceções, onipresentes, são as que buscam respostas ou origem para essas condições e ou que não seguem essa regra de convencionalismo.
involuntária está presente em tudo que sabemos que deve ser, mas não sabemos porque é. As exceções, onipresentes, são as que buscam respostas ou origem para essas condições e ou que não seguem essa regra de convencionalismo.
Por tanto todos os rótulos são criados para facilitar a interação com o comum geral que fomos condicionados a interpretar como certo ou com o que deve acontecer por ser certo. Se pararmos pra prensar no quanto somos padronizados desde que nascemos e procurarmos mudar esse condicionamento mental natural e espontâneo, talvez percamos os rótulos e sejamos da mesma raça, não mesma marca.
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